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minhas notas

30.04.09

A canonização do Beato Nuno é motivo de júbilo para Portugal. Mais um português que sobe aos altares. E o Portugal barrosão mais deve rejubilar, visto que D. Nuno casou com Leonor Alvim, uma barrosã natural de Reboreda, Freguesia de Salto. Mas a sua canonização também deve ser motivo de reflexão. Não nos esqueçamos que estamos a falar de um homem que viveu uma fé, que paulatinamente se vai esquecendo na Europa. Todos ainda nos lembramos do afrontamento que foi feito ao Cristianismo, com a não inclusão no preâmbulo da Constituição europeia do seu papel na matriz sócio-cultural da Europa. Não nos esqueçamos que estamos a falar de um homem que cultivou um ideal de vida – a santidade – que consideramos uma graça só para alguns ou para meia dúzia de predestinados ou privilegiados, o que não é verdade, contentando-nos nós por vivermos na mediania, ou até na vulgaridade ou na mediocridade. Vejam-se os exemplos que a comunicação social “vende”. A Conferência Episcopal Portuguesa, numa nota que publicou sobre o acontecimento da sua canonização, afirma: “D. Nuno Álvares Pereira não é apenas o herói nacional, homem corajoso, austero, coerente, amigo da Pátria e dos pobres, que os cronistas e historiadores nos apresentam. Ele é também um homem santo. A sua coragem heróica em defender a identidade nacional, o seu desprendimento dos bens e amor aos mais necessitados brotavam, como água da fonte, do amor a Cristo e à Igreja. A sua beatificação, nos começos do século XX, apresentou-o ao povo de Deus como modelo de santidade e intercessor junto de Deus, a quem se pode recorrer nas tribulações e alegrias da vida”. E no final do documento, a CEP sublinha alguns aspectos da sua vida, de uma grande actualidade, inspiradores para os tempos difíceis que vivemos: “Nuno Álvares Pereira foi um homem de Estado, que soube colocar os superiores interesses da Nação acima das suas conveniências, pretensões ou carreira. Fez da sua vida uma missão, correndo todos os riscos para bem servir a Pátria e o povo; em tempo de grave crise nacional, optou corajosamente por ser parte da solução e, numa entrega sem limites, enfrentou com esperança os enormes desafios sociais e políticos da Nação; coroado de glória com as vitórias alcançadas, senhor de imensas terras, despojou se dos seus bens e optou pela radicalidade do seguimento de Cristo, como simples irmão da Ordem dos Carmelitas; não se valeu dos seus títulos de nobreza, prestígio e riqueza, para viver num clima de luxos e grandezas, mas optou por servir preferencialmente os pobres e necessitados do seu tempo”.O Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, frisou que “esta figura maior da nossa história deve inspirar os portugueses na busca de um futuro melhor”.

 

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