Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Dorme e levanta-se, noite e dia, enquanto a semente germina e cresce, sem ele saber como. A terra produz por si, primeiro a planta, depois a espiga, por fim o trigo maduro na espiga. E quando o trigo o permite, logo se mete a foice, porque já chegou o tempo da colheita». Jesus dizia ainda: «A que havemos de comparar o reino de Deus? Em que parábola o havemos de apresentar? É como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes que há sobre a terra; mas, depois de semeado, começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta, estendendo de tal forma os seus ramos que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra». Jesus pregava-lhes a palavra de Deus com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de entender. E não lhes falava senão em parábolas; mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.
A vida tem que ser vivida com um optimismo cheio de esperança, em vez da impaciência derrotista. Mesmo que hoje tenhamos motivos para a preocupação e o desespero, a Palavra de Deus deste Domingo contém explicitamente um anúncio realista de optimismo e de esperança, baseado na fé. O Reino de Deus está a crescer e chegará um dia totalmente, graças a Cristo e ao Espírito Santo. Por isso, o crente não deve valorizar nunca o desânimo e o pessimismo.
No mundo de hoje, dá-se muita importância à programação, à eficácia produtiva, ao êxito rápido e espectacular, à estatística e à percentagem, e quando não aparecem frutos visíveis e palpáveis ficamos impacientes. Impaciência que aplicamos a todos os sectores, tantos eclesiais como sociais; aos meios de difusão ao serviço do Evangelho e às obras sociais, tal como à catequese e aos grupos apostólicos, às comunidades religiosas e aos grupos de jovens, à pastoral dos sacramentos e às reuniões de oração.
Não raras vezes se ouve a pergunta: depois de tantos anos de Cristianismo e de cumprimento religioso, de exercícios espirituais e de leitura da Bíblia, de meditação e oração individual e comunitária, para que serviram tantos esforços se tudo parece continuar na mesma? Gostamos de ver crescer tudo rapidamente, de forma deslumbrante, em nós mesmos e nos outros, por dentro e por fora, todos desejamos um cristianismo pujante, cheio de vigor, frondoso e carregado de frutos maduros, e como isso não acontece de um dia para o outro, facilmente cedemos ao desânimo e ao desespero, julgando que estamos a perder tempo e esforço. Contudo, e está é a grande mensagem deste Domingo, a semente de Deus tem uma força silenciosa, mas imparável, e frutificará com toda a certeza. Não lhe apliquemos é os nossos critérios de eficácia imediata, quase violenta, porque esses não são os critérios do Reino de Deus.