18.06.09
A crise aí está e lamentos não faltam, de todos os quadrantes. Será nossa companheira ainda durante muitos meses. Uma crise é sempre um ponto de chegada de más decisões e más condutas e um ponto de partida para uma vida mais consistente e equilibrada. Quem é que está a segurar a crise? No plano económico e financeiro, o Estado, ou melhor, os contribuintes. No plano social, a família. Muitos estão agora a dar conta como é importante ter uma família estável, sólida e bem organizada. Milhares de desempregados ou indivíduos, que viram os seus projectos a ruir como castelos de areia, é na família que estão a encontrar um sustentáculo financeiro, emocional, conforto e ânimo para recomeçar a vida. A família é e será sempre o ombro afável onde se reclina a cabeça após as desventuras e os tropeços humanos. Seria, por isso, importante que se repensasse naquilo que andamos a fazer pela família. Como é lamentável verificarmos que a temos torpedeado de todos os lados, com a retórica de um individualismo subjectivista e com um experimentalismo anárquico, como alguém escrevia num dia destes. A família, fundada na união matrimonial entre um homem e uma mulher, é o núcleo estrutural e a instituição central da sociedade. Ela é o berço da vida, da verdadeira humanidade, educação e formação, que capacita a pessoa humana para a autonomia e as relações sociais, o espaço fundamental para a realização humana e onde se tece harmoniosamente a teia social. Será que esta crise nos vai ajudar a compreender isto melhor?