20.05.09
O Deus que mete medo
Jesus Cristo libertou-nos desta falsa imagem do Deus que mete medo. Não podemos ter medo de Deus. Deus é purificador, é exigente, mas trata-se de uma exigência libertadora.
Há muitos católicos que têm medo do "castigo de Deus". Olham para Deus como se Ele fosse um polícia disposto a dar cacetada à primeira infracção.
As dificuldades, a dureza, o sofrimento, as doenças da vida não são castigos de Deus. Há gente que pratica a religião por medo: vai à missa por medo, pois se não for, pode ser castigado. Há gente que tem sempre as contas acertadas, cumpre os seus deveres com Deus por medo do inferno. A fidelidade a Deus não pode vir do medo. Este é um comportamento infantil. As crianças agem muito por causa do medo de serem castigadas. Nós temos de ser adultos na fé. Temos de praticar a religião por amor, cumprir os deveres religiosos por amor a Deus, não por medo de Deus.
Nestes tempos há seitas que falam no fim do mundo e procuram explorar o medo das pessoas. Não podemos ouvir as suas vozes.
Deus concedeu-nos a liberdade para a usarmos bem. Nós não somos donos absolutos da nossa vida, nem das coisas. Somos administradores, responsáveis pela vida, pelas coisas e devemos saber usá-las bem, sabendo que Deus nos acompanha com a sua força para sabermos viver bem os acontecimentos e transformá-los em momentos de crescimento e de santificação.
Um dia teremos de dar contas a Deus, mas isso não nos deve meter medo. Devemos usar bem a nossa liberdade porque é assim que seremos felizes neste mundo e no mundo que há-de vir.